Em carta endereçada à Ministra Margareth Menezes, do Ministério da Cultura (MinC), e à Secretária do Audiovisual (SAV), Joelma Gonzaga, o Sindcine destacou a situação catastrófica em que as empresas do setor audiovisual gaúcho se encontram devido às enchentes, e sugere medidas emergenciais de recuperação, para que as produções sejam retomadas e com elas, voltem os trabalhos para os técnicos do audiovisual.
“Nossa proposta é que, neste momento, o Fundo Setorial do Audiovisual envide todos os esforços na criação de Linhas de Produção e Infra Estrutura, a médio prazo, para que em 2 ou 3 meses toda a cadeia produtiva consiga ter uma luz no final do túnel a fim de estimular a produção local”, diz a carta, assinada pela nossa Presidente, Sonia Santana.
A carta foi enviada nesta terça-feira, 4 de julho. Leia o texto na íntegra abaixo:
São Paulo, 04 de junho de 2024.
Ao Ministério da Cultura
A/C
Ministra de Estado da Cultura
Margareth Menezes da Purificação Costa
e
Secretária do Audiovisual
Joelma Oliveira Gonzaga
Ref.: FSA - Criação de Linhas de Produção e lnfraestrutura - Audiovisual do Rio Grande do Sul
Cumprimentando-a cordialmente, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal - SINDCINE, por sua diretora-presidente, vêm expor e requerer o quanto segue:
Estamos assistindo a um trágico momento, pelo qual vem passando o Rio Grande do Sul, em função da terrível catástrofe que vimos assistindo com incredulidade.
Sabemos que existem muitas frentes que estão cuidando das necessidades básicas dos cidadãos gaúchos e, nós, particularmente, com a ajuda de várias produtoras e técnicos de São Paulo, colaboramos com o envio de materiais de primeiras necessidades, higiene, alimentação, roupas, etc...
Agora precisamos de uma ajuda maior e unir forças para reativar o setor que, gera milhões em tributos diretos e indiretos, bem como empregos formais e informais.
Os danos causados, principalmente pela complexidade das atividades do setor, atingiram toda a cadeia produtiva: empresas, prestadores de serviços, instituições, etc...
Estúdios e escritórios, perderam praticamente todos os equipamentos necessários à subsistência de suas produçôes e, por questões obvias, encontram-se totalmente paralisados.
Nossa proposta é que, neste momento, o Fundo Setorial do Audiovisual envide todos os esforços na criação de Linhas de Produção e Infra Estrutura, a médio prazo, para que em 2 ou 3
meses toda a cadeia produtiva consiga ter uma luz no final do túnel a fim de estimular a produção local. Temos certeza que, tudo o que a ANCINE puder fazer, neste momento, pela revitalização do Rio Grande do Sul e, em particular ao nosso setor, para que isso aconteça, será de extrema importância.
Acreditamos que essa seja a vontade e o que espera todo o Audiovisual Brasileiro.
Sendo o que tínhamos a expor, despedimo-nos respeitosamente, renovando nossos votos de elevada estima e apreço.
Atenciosamente,
Sonia Santana
Presidente - SINDCINE